Anna Magalhães

RISCO

A instalação poética RISCO pretende decompor e reorganizar a palavra para que esta, juntamente com outros símbolos, possa ocupar os espaços invisíveis e brancos da arte. Após a criação de uma tipografia que faz alusão tanto às simbologias africanas, tanto às artes urbanas (ambas culturas originariamente negras e secundarizadas como arte), (des)organiza-se as palavras em suportes transparentes, como plásticos e fitas adesivas, que delimitam e entrecruzam o espaço da exposição. São quatro obras que trazem a imagem de corpos - alguns destes releituras de imagens perpetuadas do negro na arte, como a obra "A Negra" de Tarsila do Amaral e "Mestiço" de Portinari -, delimitadas e cruzadas por poemas visuais. O RISCO negro, o artesanato, o pixo, são poéticas que exibem contradições e subjetividades da presença do negro nas artes, são o rompimento das invisibilidades que nos crucificaram por meio da colonização, são os novos caminhos que encontramos para (re)afirmar nossos olhares.

Anna Claudia Magalhães nasceu em 1989 em São José do Rio Preto. Formada em Licenciatura em Letras pela Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho (UNESP) Campus São José do Rio Preto, atua no meio

artístico cultural como escritora, poeta e artista visual. Sua produção com a palavra percorre variados tipos de gêneros, como poesias, crônicas, artigos de opinião, prosas literárias e críticas.

Nesta área, têm como trabalhos mais relevantes suas apresentações desde 2015 como integrante do coletivo poético Pretas PalaBRas, foi articulista do jornal Diário da Região de 2015 a 2019 na coluna Painel de Ideias, fez parte da publicação "Baiacu" editada por Laerte e Angeli em 2017 e participou do time de críticos do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT) de 2019. Em relação às artes visuais, produz, com o pseudônimo ANNA M.O, obras como ilustrações e murais, utilizando-se de técnicas diversas como graffiti, aquarela, colagens, ilustrações digitais, desenvolvidas em exposições, vivências e oficinas.