Fernando Braune

ELZA II, fotografia
ELZA II, fotografia
ELZA I, fotografia
ELZA I, fotografia

Rio de Janeiro-RJ

Palco urbano veia aberta que salta, ressalta em nossa cegueira cegueira de alma, não de vista, à vista de todos. Visão conturbada, deteriorada, urdida em tecido vacilante, lasso ... no escaldante betume resinoso, negrume amolecido onde tudo acontece, se passa, se perde qual resíduo de descarte, ganga sem proveito ali se dão as relações ... não se dão se desviam, atravessam, desafinam faz de conta, que conta, passa reto, passa a régua tempo sem unidade, em plena urbani cidade falas sem ecos, ruídos no silêncio, leite que talha que habita sua alma, enchafurda suas entranhas vida embrulhada em mortalha qual limalha de ferro, repelente ao magneto deserto lugar, onde tudo começa, termina de piche, de gente visão periférica, cegueira arredia e noite nó na garganta, na gravata, desvão e desvario qual lixos de asfalto reativos, corrosivos, tóxicos, patogênicos aos corpos que limpam, invisíveis, inviáveis ... sem almas, ... só almas no chão esgotado, coagulado de-tritos, de-composição da matéria humana, metabólica, metafísica, metastática artérias invadidas, fermentadas do coalho do luxo no limbo do lixo ...


As imagens foram concebidas pela junção de fotografias realizadas com os garis nas ruas da cidade, fotografias de paredes grafitadas e fotografias dos lixos acumulados nas ruas. As imagens foram, primeiramente, impressas em papel 100% algodão, onde sofreram interferências diretas de lápis pastel seco e carvão. Após as interferências à mão com lápis pastel e carvão as imagens foram fotografadas e levadas ao computador para serem sobrepostas umas sobre as outras no mesmo espaço de representação. Em seguida, após longos processos de interposição das imagens, as mesmas foram impressas em tecido de cetim.


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