Hully Roque

A obra retrata o processo de resiliência das mulheres negras. A população negra, em foco, as mulheres negras foram e continuam sendo profundamente feridas devido ao racismo proviniente a prevalência da supremacia branca na sociedade. "Resiliência" tem como essência representar a necessidade e, mostrar o processo de superação dessas dores e sofrimentos, por meio de influências partindo da resistência, da conscientização histórica e do amadurecimento.

Hully Roque é uma artista negra, brasileira, natural de Tanguá, cidade
pacata da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
Estudante cotista do curso de Gravura da Escola de Belas Artes da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2014, começa a residir na
Residência Estudantil (Alojamento) da Universidade, onde ainda mora.
Em sua experiência acadêmica, ao perceber a necessidade de
representatividade da população minoritária dentro das Artes Visuais, a
artista utiliza a gravura como mecanismo para questionar privilégios
dentro das Artes.
Em seu processo criativo, Hully inicia sua pesquisa a partir de sua
narrativa pessoal, questões de gênero, classe, território e raça.
Partindo destas demandas, estas vindas das parcelas mais vulneráveis
da sociedade, a artista trabalha com imagens que são criadas através
do desenho, em sequência, transferidas em decalque para matrizes
onde essas imagens são gravadas, resultando em litogravuras,
xilogravuras e gravuras em metal.
Como referencial para seu trabalho, Hully baseia-se em intelectuais
negras, ativistas negras, sendo estas Audre Lorde, Angela Davis, Alice
Walker, Claudete Alves, Djamila Ribeiro, Carolina Maria de Jesus,
Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves e em outras mulheres
anônimas que possuem grande importância em seu meio social e
cultural.
Desta escolha temática, ao fazer esses recortes e interseccionalidade,
a artista, busca levantar debates e reflexões sociais, no intuito de
acabar com o racismo institucional, com a homofobia, e com o
machismo. Deseja abrir caminhos de visibilidade, de resgate a
valorização da população negra que ao longo da história na sociedade
racista em que vive, sua cultura, costume, beleza e importância, sofre
uma constante tentativa de licenciamento e apagamento.

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