Japhette Ozias

O ser humano sempre buscou a representação figurativa.
Na era primária, isso se mostrava pelos rabiscos e desenhos
feitos nas cavernas, na pedra, com próprios objetos da natureza.
Essas representações figurativas ilustram várias vezes as
crenças, a essência, a identidade, os anseios e buscas do ser
humano. Na maior parte do tempo, essas representações são
exclusivas de uma sociedade, de um grupo social. Com o
decorrer dos anos, essas figuras juntos com os hábitos
passam a formar a cultura que é carregada e passada de geração
em geração, transmitindo aos novos membros do grupo
social, os seus valores. Daí nascem as tradições, as práticas
ancestrais.
Essa proporta de trabalho, estuda uma tradição ancestral que
usa a pele como suporte principal. Ela envolve sangue e dor.
Dois elementos que são sempre ligados entre si.
O design como uma ciência humana, vem estudando e representando
clichés do nosso dia-a-dia. É nessa linha de raciocínio, que a artista buscou usar as escarificações como base de trabalho, a fim de desenvolver um trabalho na área de design de superfície
e de design de moda.
As escarificações ancestrais, em sua maioria, étnicas,
ligadas a uma etnia são vistas também como elemento de identificação
e de afirmação de identidade. A moda sendo também influenciada por valores da sociedade, ela é aliada ao discurso que a artista constroe
sobre as marcas corporais. E entre a história, a mitologia, a ancestralidade desenvolveremos uma coleção de vestuário.


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