Kelly Reis

Essa Negra - Relendo sem Ausência de Cor


Dizem que o preto, a cor negra, é ausência de cor... no entanto, para obter o tom é necessário a mistura de todas as cores. A presente exposição trata-se de um projeto de releituras de obras de arte iniciado em 2015 que visa fazer reflexões e tratar de temas do cotidiano da mulher negra como a hipersexualização, os abusos, a solidão, violência física e psicológica e espiritualidade. Não há como reparar a ausência de representação de mulheres negras nas pinturas clássicas antigas, assim como não há como reparar a ausência de mulheres artistas daquela época, não obstante há como apontar de forma atual as nuances, as sutilezas do racismo e do que foi imposto, construído historicamente e há como refletir, discutir e combater as diversas violências contra a mulher negra, dando voz a essas questões por meio da arte. Reler, rever, repensar a força, a beleza e a espiritualidade da mulher negra.


Kelly Reis é artista plástica, professora de artes e atuante no graffiti e arte mural há 4 anos.
Graduou-se em Educação Artística pela FAAC-UNESP de Bauru em 2008 e concluiu Pós Graduação em Arteterapia pelo IA-UNESP em 2014.
Iniciou seu primeiro trabalho de arte de rua em 2015 no município de Carapicuíba numa ação em prol dos desaparecidos, juntamente com o Coletivo Olhares Urbanos no qual virou integrante.
Participou de eventos de graffiti como a Caminhada pelos Desaparecidos (2015/2016), Festa do Saci (2017), Semana Nacional de Mobilização de Defesa e Busca pelos Desaparecidos (2017), DiadeMaisArte (organizado pelo coletivo ATQN em 2018), Aletra é essa! (2018), 100 Minas (organizado por MaJo em 2018), 7º
Kelly Reis
Purencontro (2018), 7º Encontro Cores Femininas (2018), Dream Team do Guetto - Graffiti Solidário (2018), Mogi Art Fest (2019), Projeto 22 Frida Kahlo (organizado pela CPTM Lapa e Mônica Ancapi em 2019), Muvuca Cultural (2018/2019), Origraffes (2019) e outros.
Dentro do estado e cidade de São Paulo pintou no Butantã, Bofete, 23 de Maio, Carapicuíba, Diadema, Eldorado, Fartura, Iguape, Itaim Paulista, Lapa de Baixo, Mogi das Cruzes, Morumbi, Santana, Santo André, São Mateus, Jaçanã, Tucuruvi. Fora de São Paulo pintou em Juíz de Fora - MG, Recife - PE e Serra, ES.
Participou de exposições individuais e coletivas no Salão de Belas Artes de Araraquara (2006) Centro Cultural de Bauru (2007) "Relendo sob a Ótica Feminina", MIS - Museu da Imagem e do Som (2012) "Mais Amor em São Paulo", CEU Jardim Marek (2018) "Essa Negra - Relendo sem Ausência de Cor", Universidade do Papel "Paper Night Up" (2019) e outras.
Seu trabalho dialoga com a expressão feminina (também em homens), o foco é a mulher, nele fala de espiritualidade no sentido de transformar-se, ouvir-se, conectar-se, integrar-se e não como um dogma. Há referências nas religiões e simbologia de matriz africana e oriental, no surrealismo e na psicologia junguiana.

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