Surama Caggiano

Heroínas Negras, mosaico (técnica mista), 160 x 180cm, 2017
Heroínas Negras, mosaico (técnica mista), 160 x 180cm, 2017

São Paulo-SP

Nas histórias mundiais em diversas situações, a participação das mulheres negras estão presentes nos saberes civilizatórios, mas é importante salientar que muitas personagens aqui homenageadas nestas obras continuam anônimas na história do Brasil. Estas e tantas outras belas mulheres representam a liderança de nossas ancestrais que lutaram muito pela liberdade, dignidade e igualdade nas mais diversas formas, ressignificando suas existências em resistências. Estas mulheres fizeram suas histórias de conquistas, mesmo que em terrenos sombrios de tanta desigualdade humana, pois se estamos lutando por nossos diretos hoje, mesmo com dificuldades, são estas mulheres que iniciaram este caminho. Devemos muito a estas mulheres guerreiras o verdadeiro sentido da palavra "empodeirada" Jamais poderemos esquecer deste passado, ele nos pertence, precisamos dar voz e corpo as nossas verdadeiras heroínas, que vieram do ventre de tantas Áfricas para nos deixar um legado de resistências e heranças de memórias e identidades.


Surama Caggiano , artista plástica, arte educadora e africanista, seu trabalho tem como tema principal a arte e a cultura dos povos africanos e afro brasileiros.

Criou e desenvolveu a técnica do mosaico contemporâneo, que substitui as pastilhas do mosaico tradicional por CDs inutilizados, jornais, revistas e materiais diversos de descartes.

Em 2010 realiza sua primeira exposição "Mulheres Africanas" no Tu Mercado de Arte/SP onde produz a união das artes visuais com o mosaico na criação de esculturas em tamanho natural que representam a beleza, força, atuação social e cultural das mulheres africanas de 15 países do continente africano retratando e afirmando a identidade e origem da mulher afro-brasileira.

Em novembro de 2010 expõe novamente "Mulheres Africanas" em Salvador na Bahia da qual abre o calendário Novembro Negro na Galeria do Conselho a convite da ministra da SEPPIR Luiza Bairros.

Iniciou o curso de estamparias africanas no Sesc Pompéia com a coordenação do artista plástico Celso Lima a fim de incluir novas técnicas ao seu trabalho como artista plástica e arte educadora.

Á convite da direção do Centro Cultural Oca em Carapicuíba periferia de São Paulo coordenou a oficina de estamparias africanas com crianças e adolescentes da comunidade, destacando os símbolos do Adinkra e histórias sobre o Continente africano colocando em prática a lei 10.639/03 em comemoração ao mês da consciência negra.

No início de 2011 o projeto "Africanidade" é aprovado pelo ITESP (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para iniciar atividades na área de docente no Quilombo de Brotas em Itatiba/SP onde nasce à Oficina de Mulheres de Brotas da qual é desenvolvido conceitos da cultura do Continente Africano, abordagem dos temas relacionados á ancestralidade das mulheres quilombolas e obras produzidas com a técnica do mosaico contemporâneo pelas mulheres e adolescentes da comunidade criando um processo de geração de renda, fortalecimento de identidade e valorização racial.

Em setembro de 2012 a artista e a exposição "Mulheres Africanas" são homenageadas com a primeira releitura das obras na cidade de Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul pelas crianças do ensino fundamental do Colégio Santa Inês.

Em julho de 2013 a APAE do estado do Paraná as releituras dos trabalhos da artista assim como sua técnica de mosaico contemporâneo fazem parte do cronograma de atividades artísticas com deficientes visuais e físicos.

Desde 2012 Mulheres Africanas fez parte das releituras de escolas públicas e particulares de vários estados brasileiros, colocando em prática a lei 10.639/03.

A artista faz parte do projeto "Afreaka" ação coletiva que produz encontros sobre a arte e cultura afro brasileira.

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